Depois da estreia, em fevereiro deste ano, Juliana Fernandes e Victor Gomes levam a sua criação até Aveiro.
Rubble King introduz um curto período de atenção, uma criatura investigadora do arquétipo. Uma entidade numa sandbox, um local de informação ilimitada, um circuito excessivamente produtivo à procura de arquétipos com que se alimentar. Vários estados através da mudança de atenção e esquivando-se da conclusão, um ridículo racional.
BOWND centra a pesquisa em movimento provindo do universo de Boundaries (fronteiras do indivíduo). Own (do próprio), Bond (ligação), Bound (limite e salto) são palavras-chave num caminho para a construção dos limites do ser humano e para uma consciência e expressão mais clara sobre quem somos e quem não somos, descoberta apenas na relação com o outro.
Em cena, uma personagem para duas intérpretes que vão invocando memórias, medos e inseguranças, em diálogo surdo entre si. O interior e o exterior, a queda e o salto, o privado e o público, tudo embrulhado em canções de embalar. Em cena dois corpos que não se cansam de tentar. Dois corpos que sabem que por vezes é preciso reaprender a viver, e até reaprender a respirar.
Inspirado em Notas do Subsolo de Fyodor Dostoyevsky, observamos a uma adaptação mais física deste homem tão intenso.
João Oliveira, foi o criador selecionado pelo júri do LAB 2 Aveiro para integrar o ciclo de apresentação Palcos Instáveis Segunda Casa no Teatro Aveirense.
"Simulacro" é um exercício de intimidade, repetição e resistência. Dois corpos em ação contínua exploram os limites da sua proximidade através da natureza degenerativa do gesto.
A normalidade retorna rapidamente e a sanidade não permanece em risco, basta virar para o outro lado e aconchegar-se novamente nas próprias conceções macias e cheirosas. Quantas camadas tem um sonho? Onde termina o sonho de um e começa o sonho de outro? Onde está a fronteira entre o real e o surreal?
Nem a Própria Ruína é um espetáculo de dança criado com base em 10.000 Anos Depois Entre Vénus e Marte, uma obra de rock progressivo e instrumental composta por José Cid em 1978. Para além de banda sonora, também a narrativa desta obra é conceptualizada como ponto de partida, uma redenção pós-apocalíptica.
Um ou dois corpos, seis no máximo. It’s a long yesterday é um exercício sobre o desejo, a fratura e a multiplicação. Neste projeto, as criadoras movem-se pelo "propósito pessoal e íntimo de trabalhar sobre a condição de irmãs gémeas (...) como ferramenta de investigação para refletir sobre a potencialidade de um corpo impreciso porque múltiplo.
"Je t’aime” é um trabalho que coloca o corpo empático e a relação amorosa em evidência. A dança como troca de energia entre dois corpos. Um ritual como ponto final de uma relação. Um momento de catarse a dois. Como construir e coexistir sem perder a sua individualidade natural e essencial?