© Joclécio Azevedo / FAÍCC 2019

Curso de Produção Instável

O Curso de Produção Instável é um programa irreverente, que concilia matérias e formadores essenciais e incontornáveis, com uma abordagem modular e uma forte componente prática. Não pretende fornecer modelos de trabalho, mas antes provocar o pensamento, estimular sinergias, e suscitar interações.

© João Peixoto/TMP / "VOID VOID VOID", de Maria R. Soares e Antonio Marotta / Palcos Instáveis
© João Peixoto/TMP / "VOID VOID VOID", de Maria R. Soares e Antonio Marotta / Palcos Instáveis

Programa e módulos

Destina-se a criadores, produtores e outros trabalhadores do setor da cultura que queiram aprofundar os seus conhecimentos na área da produção cultural.

Neste curso são abordados os módulos de Produção, Produção em contexto de acolhimento, Melhores práticas na produção cultural, Gestão financeira, Financiamentos Europeus, Comunicação cultural, Direito na cultura, Introdução ao som, Introdução à luz, Direção de cena, Candidaturas e Projeto.

Os conteúdos programáticos de cada módulo podem ser consultados neste manual.

A participação no curso oferece aos formandos ferramentas para a integração em contexto profissional. Ao longo de quatro meses, os participantes têm a oportunidade de planear e implementar estratégias de gestão, produção, comunicação e financiamento no âmbito das Artes do Espetáculo, nomeadamente nas áreas do teatro e da dança. No final do curso, pode ser facilitada aos alunos a realização de estágios em estruturas parceiras.

Horário

Terça a quinta das 18:30 às 22:30

Os alunos podem ainda frequentar de forma opcional as sessões do programa PULSO, segundas das 10:00 às 12:00.

 

Candidaturas

Em 2024, o curso decorrerá entre 1 de abril e 22 de julho, num total de quatro meses.

Inscrições fechadas.

 

Valores

Inscrição: 70€
Pagamento na totalidade até 1 de abril: 800€
Pagamento por prestações: 400€ em março de 2024 + três prestações de 200€, num total de 1000€

Testemunhos

Ludovica Andrenacci / Ex-aluna, 2023

“O Curso de Produção Instável foi uma oportunidade de descobrir e perceber a importância do trabalho de produção e quanta criatividade há neste processo.”

 

Carolina Rocha / Ex-aluna, 2023

“O Curso de Produção Instável deu-me conhecimento em diferentes áreas da Produção que são essenciais para o dia-a-dia do traballho de um produtor. Foi um curso muito enriquecedor e que me ajudou a preparar-me para o mundo do trabalho.”

 

Francisca Alves / Ex-aluna, 2023

“O Curso de Produção Instável deu-me exatamente aquilo que procurar, nomeadamente, formadores que trabalham atualmente na área, e módulos que interligam a teoria com a prática, permitindo-me adquirir conhecimento útil para o local de trabalho. Existe uma grande diversidade de módulos e um bom acompanhamento de cada pessoa inscrita, seja qual for o seu background, o que me surpreendeu pela positiva. Vão sair de certeza com um melhor entendimento do que é ser produtor e tudo o que daí advém!”

 

Formadores

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Amarílis Felizes

Gestão Financeira

Atualmente aluna do Doutoramento Interdisciplinar em Economia Política (ISCTE, FEUC e ISEG), Amarílis Felizes desenvolve uma tese sobre as Políticas Culturais em Portugal, com financiamento FCT. Fez mestrado em Economia e Políticas Públicas no ISEG, com a dissertação “Política Cultural em Portugal – Determinantes da despesa pública em cultura” e é licenciada em Economia pela FEP e em Teatro pela ESMAE. Tem trabalhado em produção e gestão, assistência de encenação, direção de cena e montagem e operação de espetáculos, em companhias como Mundo Perfeito ou Visões Úteis e em projetos pontuais e digressões. É, desde 2020, dirigente da Plateia – Associação de Profissionais das Artes Cénicas, intervindo em diversos fóruns de discussão sobre políticas culturais. Encenou cinco espéculos com grupos juvenis no âmbito do projeto PANOS, do qual é atualmente membro do júri. É co-autora de um capítulo do “The Routledge Companion to Theatre of the Oppressed” (2019) e tem desenvolvido atividade contínua relacionada a este método.

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Ana Figueira

Produção, Candidaturas e Projeto

É licenciada em Dança pela FMH. Como bolseira ERASMUS, frequentou o Laban Centre, em Londres. Mestre em Performance Artística e pós-graduada em Gestão das Artes. Fundou e dirigiu o NEC durante 12 anos, e foi programadora e diretora artística do Teatro Aveirense. Também programou e dirigiu os festivais Invicta Cidade que Dança (Porto), e Arte e Novas Tecnologias (Aveiro), e criou e dirigiu o projeto Educação pela Arte/Fundação Narciso Ferreira durante 22 anos. Foi professora convidada, durante 12 anos, na ESE-IPP. Desde 2002 é professora convidada de Marketing da Cultura e Divulgação e de Produção na ESMAE, e, desde 1992, professora do Ginasiano Escola de Dança. É frequentemente convidada como júri de diversos projetos, destacando-se o programa PT – Plataforma Portuguesa de Artes Performativas, Criatório, e Prémios SPA 2023. Tem tido um papel de relevância no incentivo a jovens criadores. O trabalho que tem desenvolvido, quer com criadores, quer como programadora, confere-lhe uma compreensão ambivalente, não só na perspetiva da oferta, como na da procura, assim como um conhecimento das futuras gerações de criadores e intérpretes.

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Catarina Serrazina

Melhores Práticas na Produção Cultural

Trabalha no setor cultural português desde 2013. Ao longo dos anos, teve a oportunidade de colaborar e aprender com estruturas e projetos diversificados, em vários pontos do país, nomeadamente Associação PédeXumbo (2013-2016). Interessa-se por projetos colaborativos, que provoquem o espanto e proponham práticas mais conscientes e responsáveis. A sua qualificação académica inclui a licenciatura em Comunicação e Multimédia (UA, 2008), o mestrado em Práticas Culturais para Municípios (UNL-FCSH, 2013) e a pós-graduação em Ecologia Humana (UNL-FCSH, 2018). Iniciou a sua colaboração com a Instável em outubro de 2018, dedicando-se às áreas da procura e angariação de apoios e gestão e produção de projetos. Entre setembro de 2020 e junho de 2021 geriu o projeto Coriolis – Movimento para a Sustentabilidade, que visava melhorar procedimentos internos na Instável ao mesmo tempo que favorecia uma melhoria alargada num conjunto de organizações de Artes Performativas da Região Norte.

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Francisco Cipriano

Financiamentos Europeus

Tem o grau de mestre em Geografia e Planeamento Regional e Local. A sua vida profissional está ligada à gestão dos fundos comunitários em Portugal e a projetos de cooperação internacional, na Administração Pública Portuguesa, na Comissão Europeia e, atualmente, na Fundação Calouste Gulbenkian. É ainda o impulsionador do projeto Laboratório de Candidaturas, Fundos Europeus para a Arte, Cultura e Criatividade, um espaço de confluência de ideias e pessoas em torno das principais iniciativas de financiamento europeu para o setor cultural. Para além disso, considera-se um homem de muitas atividades. Publicidade, escrita, fotografia, viagens. Apaixonado pelo surf, vê nas ondas a sua forma de libertação e um momento único de harmonia entre o homem e a natureza.

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João Fontes

Introdução à Luz

João Fontes é licenciado pelo IPP-ESMAE em 2002 e recebeu o título de Especialista em Artes Performativas em 2015. Iniciou a sua carreira profissional em 1999, tendo estado envolvido em diversos movimentos e processos artísticos criativos. Trabalha como Designer de Iluminação e Diretor Técnico desde 2002, e entre 2007 e 2010 conquistou dois prestigiados prémios: o Globo de Ouro 2008 de “Melhor Espetáculo de Teatro” SIC/Caras e em 2007 Prémio de Teatro “Melhor Design de Luz”/Guia dos Teatros. No período 2010-2013 desempenhou funções de Diretor de Produção e Diretor Técnico no Rivoli Teatro Municipal, e em 2013 passou a Diretor Executivo do Teatro Municipal do Porto, na qualidade de Chefe de Gabinete dos Teatros do Concelho do Porto. , cargo que ocupou até dezembro de 2015. Nos últimos 24 anos, construiu um percurso pedagogicamente diversificado, aliado a um percurso profissional ininterrupto nas artes performativas, tanto na componente artística como Lighting Designer, como em posições de destaque como designer de espaços cénicos, diretor técnico, diretor de produção e funcionário superior com funções de Administrador nos dois teatros municipais do Concelho do Porto. Actualmente, a par das funções pedagógicas na ESMAE e da carreira de Técnico Superior na Direcção Municipal de Educação da Câmara Municipal do Porto, continua a trabalhar como consultor técnico na concepção de espaços cénicos e no desenvolvimento contínuo do seu trabalho criativo como Lighting Designer em diversos projetos artísticos.

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Mafalda Sebastião

Direito na Cultura

Licenciada em Direito, Pós-graduada em Direito do Trabalho e em Direito do Património Cultural e Mestre em Direito Intelectual pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. É Coordenadora do Polo Cultural Gaivotas | Boavista – Loja Lisboa Cultura, da Câmara Municipal de Lisboa, desde a sua inauguração, em 2016. Foi Produtora no São Luiz Teatro Municipal, de 2007 a 2016, e advogada na EGEAC – Empresa de Gestão de Equipamentos e Animação Cultural, EM, entre 2003 e 2006. Dedica-se, como jurista, desde 2002, aos ramos do Direito do Trabalho e do Direito da Cultura, incluindo da Propriedade Intelectual. Elaborou os seguintes trabalhos de investigação académica: “Dos Contratos de Trabalho com Regime Especial – O Contrato de Trabalho Artístico” (2000), “Marca Notória e Marca de Prestígio” , “O Direito do Produtor”, “Regime Laboral dos Profissionais de Espectáculos” (2010) e “O Direito do Produtor de Espectáculos”.

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Rita Tomás

Comunicação Cultural

Rita Tomás é Diretora de Comunicação do TBA, teatro de Lisboa dedicado às artes performativas experimentais. Antes, passou pelo Centro Cultural de Belém e fez parte da equipa do Maria Matos Teatro Municipal durante quase dez anos. Licenciada em Ciências da Cultura pela Faculdade de Letras, completou uma pós-graduação em Edição de Livros e Formatos Digitais na UCP e foi ainda bolseira Gulbenkian no mestrado em Arts Administration and Cultural Policy na Goldsmiths, em Londres. Tem lecionado cursos de Comunicação Cultural em universidades, com a Acesso Cultura e com o Forum Dança.

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Samuel Guimarães

Workshop de Mapas e Lugar e Workshop de Processos Colaborativos

Professor na ESMAE.IPP, desde 1993, a tempo parcial, e Professor Auxiliar Convidado na FBAUP desde 2021, a tempo parcial. Coordenador de educação do Museu do Douro – museu do território, desde 2006 (a tempo parcial) a setembro 2022 desenvolvendo projectos que envolvem escolas, grupos de educadores, bandas filarmónicas, grupos de teatro amador e outros colectivos informais na interface entre educação artística e as artes performativas. No âmbito do programa de educação eusoupaisagem. destaca os projetos bios Fronteira, Segredos, Cartas da Liberdade ou o Café Central e o Instalar Leituras. Desenhou o programa de educação e foi coordenador do serviço educativo do Museu e Parque de Serralves (de 1999 a 2002), nestes anos, orientou seminários intensivos no Instituto de Estudos Europeus de Macau, China. Desde Outubro 2022, é investigador auxiliar do i2ADS – FBAUP com o projeto Como praticar arquivos? para a constituição de um arquivo de práticas não discriminatórias em educação artística. Colabora com o i2ads, desde 2011, e pertence à equipa do LABEA – Laboratório de Investigação em Educação Artística, I2ads (desde 2017). Pública no campo da educação artística e da mediação crítica com a regularidade possível, questionando as suas ontologias coloniais. Possui a Licenciatura em História de Arte (1992), Mestrado em História de Arte (1998) pela FLUP (faculdade de letras do Porto). Doutor em Educação Artística (2016) pela FBAUP. Fez ainda o curso de programação cultural Culturgest em 1998.

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Tiago Ralha

Introdução ao Som

É licenciado em Música, variante de Produção e Tecnologias da Música, pela Escola Superior de Música, Artes e Espetáculo. Colaborou em projetos académicos desenvolvidos pelos Serviços de Áudio do IPP e pelo Laboratório de Acústica Musical. Usufruiu de uma bolsa de formação académica onde executou tarefas enquanto técnico de som no Teatro Helena Sá eCosta, ao longo de um ano. Frequentou o Mestrado em Teatro, na especialização em Desenho de Som, pela ESMAE. Gravou e misturou a Orquestra Clássica do Centro, a Orquestra XXI, o Ensemble ID, o Orfeão de Águeda e o Ensemble de Percussão Étnica. Esteve envolvido, enquanto operador áudio de espetáculo e designer de som, em projetos de companhias de teatro como a Radar360, a Turma, a Pele, a Ao Cabo Teatro, a Palmilha Dentada, entre outras, tendo trabalhado com encenadores como António Oliveira, Julieta Rodrigues, Tiago Correia, António Durães, Nuno Cardoso, John Romão, Ricardo Alves, Hugo Cruz, João Pedro Correia, Susana Oliveira, João Didelet, João Sousa e Costa, Albano Jerónimo, entre outros. Como técnico de som ao vivo e em estúdio, acompanhou projetos como O Grilo e a Longifolia, Sopa de Pedra, Baleia Baleia Baleia, Les Saint Armand, Tangente, André Júlio Turquesa, Aníbal Zola e outros. Foi técnico de áudio no Teatro Municipal do Porto – Rivoli e Campo Alegre, ocupando funções operacionais e de coordenação da equipa de áudio durante 5 anos, de 2017 a 2023. Atualmente, para além da atividade como sonoplasta e técnico de som, é formador na área do áudio e gestor de programas educativos, nomeadamente de música para a infância.

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Tânia Rodrigues

Produção em contexto de acolhimento e Direção de cena

Tânia Rodrigues nasceu no Porto em 1982 e é Produtora Cultural desde 2016. A sua formação passou pelo BALLETEATRO Escola Profissional onde terminou os seus estudos secundários em dança, frequentou o Curso de Pesquisa e Criação Coreográfica enquanto intérprete pelo Fórum Dança – Associação Cultural e desempenhou funções enquanto fundadora e coreógrafa do Acro Clube da Maia. Licenciada em Teatro-Produção Cultural, pela Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE), desde 2006 já colaborou como Diretora de Cena com várias instituições, tais como Teatro Helena Sá e Costa, GINASIANO Escola de Dança, Academia de Dança da Boavista, Coliseu do Porto.
Atualmente é colaboradora da ÁGORA – Cultura e Desporto EM, Departamento de Artes Performativas e faz parte da equipa de Produção do Teatro Municipal do Porto. Tem o privilégio de trabalhar com artistas e Companhias de todo o mundo e de pôr em prática uma programação arrojada e inclusiva! Foi docente convidada de 2012 a 2023 onde lecionou várias Unidades Curriculares na Área de Teatro na ESMAE.