© Rita Tavares / 2º Encontro Coriolis
Vivemos um momento crítico em que os desafios climáticos e sociais nos convidam a repensar profundamente as nossas práticas e o impacto das nossas ações. Como podemos, enquanto agentes culturais, contribuir para a regeneração da sociedade e dos territórios? Como podemos ir além da sustentabilidade e avançar em direção a uma regeneração verdadeira e transformadora?
O 3º Encontro Coriolis é um convite à ação e reflexão coletiva. Através de oficinas práticas, conferências inspiradoras e mesas de discussão dinâmicas, vamos explorar práticas regenerativas que promovam a resiliência dos territórios e comunidades. Vamos também debater o potencial da inteligência artificial como ferramenta para inovação no setor cultural, bem como a relevância de abordagens colaborativas e interdisciplinares na criação de modelos organizativos mais inclusivos e adaptados às necessidades do presente e do futuro.
Programa
09h30 – 10h00
Receção
Receção participantes inscritos e novas inscrições.
10h00 – 10h35
Boas vindas e aquecimento coletivo
10h30 – 13h00
OFICINA MO_AND, com Fernanda Eugenio
Nesta oficina intensiva, a proposta é dar a conhecer e praticar a filosofia habitada do Modo Operativo AND, através da partilha do conjunto-base das ferramentas conceito e do (contra)dispositivo de um ‘jogo de tabuleiro’ com regras imanentes – o Jogo das Perguntas QUÊ-COMO-QUANDO-ONDE.
As ferramentas são exploradas na sua transversalidade, evidenciando-se a sua pertinência nas mais variadas formas relacionais, situações da vida e campos profissionais.
13h00 – 14h30
Pausa para almoço
14h30 – 15h00
Speed meeting
Quem está no encontro?
15h00 – 16h30
Podem as artes contribuir para uma mudança de paradigma na abordagem das alterações climáticas
Conferência online com Ben Twist e Daniel Christian Wahl, moderada por Mónica Guerreiro [inglês]
Nesta conferência, Ben Twist, diretor da Culture for Climate Scotland, e Daniel Christian Wahl, autor de Designing Regenerative Cultures, irão abordar de que forma as artes podem impulsionar uma mudança fundamental na nossa resposta às alterações climáticas.
Esta sessão inspirará a reflexão e o debate sobre o papel das artes na mudança de mentalidades, na promoção da imaginação colectiva e no reforço da nossa ligação ao lugar. Como é que as instituições culturais, os artistas e os profissionais criativos podem contribuir para a transformação urgente necessária? Como pode o conceito de bioregião – alinhando os sistemas sociais e económicos com os ecossistemas locais – moldar as práticas artísticas e culturais? Que papel desempenha a expressão criativa na reformulação da nossa relação com o planeta?
16h30 – 17h00
Pausa para café
17h00 – 18h30
Mesas redondas
Para uma redefinição de valor: a reutilização de materiais nas práticas artísticas
com NADA NOVO e Teatro do Bolhão
Um conjunto de objetos cenográficos servirá de mote para discutirmos quais os valores que nos movem — económicos, culturais, emocionais, ambientais, valores de justiça social, etc.— e que somos desafiados a mudar para enfrentar os desafios da (in)sustentabilidade da materialidade das nossas práticas artísticas.
Que novos princípios para a seleção de materiais? Que novas estratégias de concepção?
“No one yet knows what shows will look like, made in the reality of the climate emergency.”
The Theatre Green book
Regeneração pelo uso, o papel da arte e da cultura
com Marta Cortegano – Terra Sintrópica
O conceito de regeneração pelo uso, promovido pela Terra Sintrópica, propõe que todas as nossas ações podem ter um impacto positivo e regenerador, trabalhando em harmonia com a natureza.
Diante dos desafios globais, como as alterações climáticas, a digitalização e o crescimento dos populismos, esta mesa-redonda convida à reflexão sobre o papel da arte e da cultura na transformação social. Como pode o artivismo ir além da sensibilização e tornar-se uma ferramenta de mobilização para a ação coletiva, regenerando tanto ecossistemas como relações sociais e económicas?
Inteligência Artificial e as Artes: Transformações e Desafios na Produção Cultural
com Filipe Portela
O potencial da Inteligência Artificial nas múltiplas vertentes do trabalho cultural e artístico será explorado nesta conversa com Filipe Portela, investigador da Universidade do Minho. A sessão apresentará ferramentas e estratégias para aproveitar a criatividade da IA nos processos de trabalho, promovendo práticas inovadoras. Os participantes terão a oportunidade de colocar questões e lançar desafios concretos, fomentando um debate rico e interativo.
Da sustentabilidade à regeneração. Será a colaboração uma estratégia chave para a sustentação das estruturas culturais?
com Carlota Quintão e Joana Marques – Coletivo A3S
Joana Marques e Carlota Quintão têm experiência de militância associativa em prol dos valores da economia social e solidária e de trabalho de investigação-ação, consultoria e avaliação externa com associações do setor cultural.
A partir do mote do encontro convidamos a revisitar as palavras e os conceitos das narrativas atuais e a questionar em conjunto como podem as pequenas estruturas culturais sobreviver e desempenhar um papel catalisador de futuros desejáveis, exequíveis, utópicos, distópicos?
O que importa regenerar? Para que importa regenerar? Será a colaboração uma estratégia central? E o que significa e como se configura na prática a colaboração?
18h30 – 19h10
Apresentação mesas redondas
19h10 – 19h30
Considerações finais
19 fev / 9:30 às 19:30 / Central Elétrica, Porto
Com entrada livre mediante inscrição prévia obrigatória, este encontro será um espaço de partilha, prática e debate. Reuniremos artistas, investigadores, gestores culturais, produtores e públicos, promovendo uma visão consciente e participativa para o futuro.
Coriolis – Movimento para a Sustentabilidade foi promovido pela Instável – Centro Coreográfico em parceria com a Rede Inducar e financiado através do programa Cidadãos Ativ@s / EEA Grants. Através de um programa de formação e de incentivo à colaboração, o Coriolis pretendeu incentivar a melhoria e estreitar relações entre 30 organizações culturais do território. São elas ACE Teatro do Bolhão, Circolando CRL, Coliseu Porto Ageas, Companhia de Teatro Os Quatro Ventos, Crónica Pitoresca, Instável – Centro Coreográfico, Erva Daninha, Esquiva Companhia de Dança, Fértil, Fogo Lento, Figura Nacional, INAC, Nome Próprio, Projeto Expressar, Sonoscopia, Teatro da Didascália e Varazim Teatro.